18 August 2008

Workspace

Um pequeno post sobre workspace. Eu vejo muitos designers fazendo uma bagunça demasiada na tela, com vários painéis que eles nunca usam régua, ferramentas, etc. Vai aqui um conselho: limpe sua área de trabalho. Imagine que ela é sua escrivaninha, sua mesa, sua prancheta, ou seja, sua área de trabalho. Não seja bagunceiro com o espaço onde você faz seu ofício.

 

Primeiro as paletas. Veja as que você usa mais comumente e deixe-as juntas, agrupadas, e as que você nunca utiliza, esconda. Veja também onde você deixa as paletas, pois quando apertar um atalho para ela aparecer, não vai querer algo no centro da tela atrapalhando, nem mesmo em cima de outro painel importante para o seu trabalho. Pode parecer exagero, mas alguns segundos arrastando o tempo todo painéis que atrapalham pode quebrar o ritmo do seu trabalho e prejudicar seu rendimento.

 

O mesmo vale para itens que poluem a tela e distraem, como linhas-guia e até mesmo a régua. Esconder as linhas guia é simples. Basta um Ctrl+”;”. Já a régua basta um Ctrl+R. Não vou dizer o caminho pelos menus, pois sou partidário de que um atalho é sempre mais prático e rápido no meio de um trabalho. A marca de impressão (Page Tiling) também pode atrapalhar um pouco. Esconda-a em View>Show Page Tiling para  “limpar” sua área de trabalho.

 

Não se iniba também em criar novas camadas para colocar conteúdos que você não utiliza, duplicar camadas para alterá-las sem ter que medo de errar (pegue uma camada e arraste-a para Create New Layer ou no painel Layer, clique nas opções e depois em Duplicate “Layer”).

 

Uma última dica. Quando encontrar a melhor personalização para sua área de trabalho, com os painéis e ferramentas no lugar certo, não deixe de salvar esta configuração, indo em Window>Workspace>Save Workspace. Caso você ou outra pessoa acabe bagunçando tudo, basta uma rápida ida ao menu para colocar tudo no lugar.


Link do dia: Os vetores de Guilherme Marconi (possivelmente o cara com mais paciência na face da Terra).

14 August 2008

Clipping Mask

Uma das pedras no sapato dos iniciantes no Illustrator, o Clipping Mask é, na linguagem mais habitual, as máscaras. Consiste em colocar um objeto dentro de outro, como uma foto dentro de um círculo, um desenho dentro de outro desenho, etc. O processo de criar uma máscara é muito simples, mas cheio de particularidades.

De maneira direta, para criar uma máscara você precisa apenas selecionar a máscara e o conteúdo e apertar Ctrl+7 (Objetc>Clipping Mask>Make). É importante que a máscara (o objeto que receberá o conteúdo) esteja acima do conteúdo. Desfazer a máscara é também bem simples. Ctrl+Alt+7 (Object>Clipping Mask>Release).

Depois de feita a máscara, ela será tratada de maneira semelhante a objetos agrupados. Para alterar a posição do conteúdo, você deverá pegá-lo com a “seta branca” (Direct Selection Tool). Se selecioná-la com a ferramenta Selection Tool, irá pegar tanto a máscara quanto o conteúdo juntos.

Uma das maiores críticas ao Illustrator (feito principalmente pelos usuários do CorelDraw) é o fato de a máscara manter uma “sobra”. Explico melhor: não importa que a máscara tenha sido feita, o conteúdo ainda irá aparecer, embora de maneira invisível, no layout. Se você colocar uma foto de 10x10 cm dentro de um quadrado de 3x3 cm, clicar perto da máscara ainda irá selecionar ela como se na verdade ainda estivesse um objeto de 10x10 cm ali. Isto é um verdadeiro transtorno para os designers, principalmente se trabalham com vária máscaras em um único documento, e parece pirraça que a Adobe não tenha inserido até hoje uma opção de desativar esta “sobra”. Com o passar do tempo, os usuários acabaram criando maneiras paliativas de resolver este empecilho: recortando as fotos no Photoshop antes de importá-las para o Illustrator; mantendo as máscaras em uma camada separada do resto da arte (e sempre bloqueada); bloqueando os objetos repetidamente com Ctrl+2; recortando o conteúdo com a intercessão de objetos (no painelPathfinder) caso o conteúdo seja um vetor.

Também vale observar um pequeno bug do programa. Se você fizer uma máscara, agrupá-la com outros objetos, e retirar o conteúdo da máscara (esquecendo-se de desagrupar os objetos antes) pode (ou não) criar um bug onde os objetos continuarão agrupados, independente de quantos Shift+Ctrl+G você der.

Uma outra observação digna de nota é quanto à opção de clique duplo para isolar. Esta implementação recente no Adobe Illustrator faz com que você possa trabalhar com todos (ou um) objetos dentro de um grupo, isolando os demais para não atrapalharem. Isto também funciona para as máscaras. Ao dar um duplo clique em uma máscara, o prorama isolará todos os demais objetos, deixando apenas o conteúdo à sua disposição. Para ativar ou desativar a opção Double Click To Isolate, vá para as propriedades gerais (General) do programa com Ctrl+K (Edit>Preferences).

Um rápido pedido de desculpas pela ausência de printshots exemplificando as dicas aqui contidas. Estou com problemas para postar imagens grandes no blogspot. Tão logo descubra a causa deste problema (seria script? mudanças no próprio blogspot?) irei colocar imagens na maioria das postagens.

Link do dia: Microbians e suas artes experimentais.

11 August 2008

Trabalhando com Smart Guides

Desde que conheço o Illustrator ele possui o recurso das smart guides. Elas são linhas dinâmicas que auxiliam o designer na hora de alinhar objetos, movê-los, e em uma série de outras funções. Com traços semelhantes às linhas guias, a smart guide lhe informa se você está sobre um objeto, se está sobre um de seus pontos de ancoragem, se está no centro do objeto, se ao arrastar um objeto ele encostou na intercessão de outro, etc. Hoje até mesmo o CorelDraw possui este recurso, nomeado de linhas-guia dinâmicas.


Para acionar as smart guides ou desabilitar o recurso, basta apertar Ctrl+U (ou vá a View>Smart Guides, mas com o atalho é bem melhor). Apenas lembre-se de que você pode acioná-las ou escondê-las com uma simples combinação de botões. Eu vejo vários designers esquecendo-se disto, e tornando as smart guides hora um recurso benéfico, hora uma pedra no sapato. É comum você querer mover um objeto para uma posição qualquer e a smart guide atrapalhar, arrastando o objeto para uma oura posição dentro de um ângulo reto (0°, 90°, 180°, etc.) com a localização anterior. Elas também atrapalham na hora de editar um texto qualquer que está dentro de uma caixa de texto, pois quando selecionar um objeto, as smart guides realça os contornos do objeto (neste caso, realçaria todas as letras).


Abaixo, alguns recursos úteis para as smart guides.

  • Arrastar e duplicar objetos: Se você quer arrastar um objeto, no Illustrator, basta segurá-lo com o mouse e arrastá-lo para outra posição. No entanto, se você quiser arrastá-lo para outra posição exatamente horizontal, vertical ou diagonal em relação à posição original do objeto, terá duas opções: ou arrasta o objeto mantendo a tecla Shift apertada, ou arrasta o objeto com as smart guides acionadas (ela mostrará qual o ângulo em que o objeto está sendo movido). Para clonar/duplicar um objeto no Illustrator, basta arrastá-lo com o Alt apertado, desta forma, siga o que foi dito acima, mas com a tecla Alt apertada.
  • Precisão ao criar objetos: As smart guides mostram se você está sobre um objeto, sobre seu centro, sobre um de seus pontos de ancoragem (como as arestas de um quadrado), além de mostrar todo o contorno do objeto (mesmo se ele não tiver nem preenchimento e nem contorno). Desta forma, ao criar objetos você poderá usar outros objetos como parâmetro. As smart guides consideram o artboard como um objeto à parte, por isso ele “gruda” o mouse no contorno do artboard assim como faria com um objeto qualquer no documento.
  • Criando pontos e cortando contornos: Se você quiser criar um novo ponto de ancoragem em um objeto, terá que clicar exatamente em cima de seu contorno (o atalho para a ferramenta que cria pontos é "+"), da mesma forma que para cortar uma linha terá que clicar com a ferramenta Cut/Tesoura (atalho C) exatamente sobre a linha. Manter as smart guides acionadas, nestas ocasiões, facilitará enormemente seu trabalho, principalmente se você está trabalhando com um zoom pequeno, ou se tiver alguns graus de miopia.

Copiando, colando e um pouco mais

Confesso, confesso, eu sei, o Illustrator não é tão simples quanto tentam fazer ele parecer. A simples função de copiar e colar um objeto não funciona como nos outros programas, mas (defendo) não há nenhuma complicação. O empecilho está no fato de que copiar (Ctrl+C) e colar (Ctrl+V) são um dos atalhos mais conhecidos e difundidos no meio da informática. É quando chega o aprendiz e copia um objeto no Illustrator (Ctrl+C) para depois colá-lo (Ctrl+V), e depois se sente frustrado, pois o objeto não ficou na mesma posição em que estava. Muitos reclamam e reclama que o Illustrator não cola os objetos no lugar em que o designer quer, sem observar que no menu Edit está claro que Ctrl+V cola, mas também cola Ctrl+F e Ctrl+B. Vou explicar melhor os estes atalhos:

  • Ctrl+C e Ctrl+X: Respectivamente copia e recorta, como em todos os outros programas;
  • Ctrl+V (Paste): cola o objeto copiado ou recortado anteriormente no centro da tela (sim, no CENTRO da tela). E, se pensarmos bem, faz todo o sentido do mundo. Assim, não importa em que parte do documento você está, o objeto colado estará sempre ao seu alcance.
  • Ctrl+F e Ctrl+B: Estas são as opções que colam um objeto recortado ou copiado exatamente no local onde estava o original. A questão é que o Ctrl+F cola o objeto sobre (front) todos os outros que estão na camada em que se está trabalhando, e o Ctrl+B cola o objeto abaixo de todos os outros (back).

O menu Edit, com as opções copy e paste.

10 August 2008

Notas sobre navegação, painéis e ferramentas

Este era para ser o primeiro post, mas devido à minha distração, foi o segundo. É um assunto inevitável: como navegar pelo Adobe Illustrator. Não vou me demorar demais neste assunto pois esta é uma das coisas mais intuitivas que existe no programa, além de ser extremamente parecido com os outros programas da Adobe (Photoshop, InDesign, o extinto PageMaker, o recém adquirido Flash, etc.) e até mesmo da concorrência (Freehand, CorelDraw...).

Basicamente existe um menu, as ferramentas que você usará para trabalhar (canto esquerdo), os painéis e a mais recente acréscimo ao programa: a barra de controle (Control).


Minha workspace.

Muitas pessoas não sabem, mas o Illustrator foi criado para ser uma prancheta de trabalho, como aquelas que nós ilustradores usávamos no século passado. Desta forma, a idéia é que você não use as ferramentas na tela (!), mas deixe-as escondidas, pegando-as à medida que forem necessárias. Se você apertar a tecla Tab, verá que todas as ferramentas, os painéis e a barra de controle serão escondidos. Shift+Tab esconde somente os painéis. Esta é a forma ideal de trabalhar – a tela limpa, sem nada para atrapalhar a visão do designer.

Aperte a tecla F e você verá que primeiro a barra de tarefas do sistema operacional sumirá, deixando mais espaço para o Illustrator. Apertar F novamente deixará o programa em mofo
full screen, retirando até mesmo o menu do programa, e deixando a tela totalmente reservada ao projeto que você está trabalhando (particularmente eu não utilizo este modo de tela com freqüência, já que a atualmente a sanidade de um designer dependa da combinação do programa gráfico que ele está utilizando + um player de áudio + o messenger).

Por isto, procure ao máximo decorar os atalhos mais usados tanto para as ferramentas quanto para os painéis. As ferramentas de seleção de atalho V e A são as mais usadas, além de objetos como o Quadrado (M) e o Círculo (L). Para adicionar um texto ao trabalho, basta um simples apertar da tecla T.

Talvez as ferramentas mais essenciais sejam o Zoom (atalho Z) e a mão (atalho H, ou simplesmente segure a barra de espaço, que é realmente mais fácil). A ferramenta de Zoom, fica ativada no modo
In, de proximidade. Segure a tecla Alt que ele se tornará o Zoom Out, de distanciamento. Este é um detalhe que vale uma observação: no Illustrator, repare que algumas ferramentas estão “contidas” dentro de outras. Com a ferramenta de seleção (V), mais conhecida como “seta preta”, segure Ctrl para que ela se torne a ferramenta de seleção direcionada (a “seta branca”) e Ctrl+Alt para que se torne a seta de seleção em grupo (aquela seta branca com um “+” do lado). Experimente com as outras ferramentas.

Sobre o Zoom, apertar Ctrl mais a tecla ”-“ e Ctrl mais a tecla “+” também funciona como Zoom, distanciando ou aproximando a tela a partir do centro dela. É comum ser usado logo depois de um Ctrl+0, que centraliza a tela diretamente no artboard (a página).

Uma outra nota válida sobre as ferramentas é que muitas delas possuem uma caixa de preferências, onde você pode configurá-las. Para ferramentas como o Quadrado, Círculo e o Ronded Rectangle, basta um clique em qualquer área do documento para abrir a caixa de preferências. Ali você poderá decidir coisas como o tamanho exato do objeto a ser criado, dentre outras coisas simples. Para o Rotate Tool e o Reflect Tool, dentre algumas outras, dê um duplo clique na própria ferramenta, ou com ela selecionada aperta a tecla Enter. Um duplo clique na ferramenta gradiente abre o painel Gradient.

Falando em painéis, um conselho: deixe-os separados em grupos de 3, assim, você só precisará decorar o atalho de um destes três para mostrar ou esconder o grupo todo, facilitando decorar os atalhos.

Obs.: Quando será que a Adobe vai criar um painel que funcione como um player de áudio? (hehe).

Alinhamento e Distribuição

Para o bem ou para o mal, o Illustrator não é um programa 100% intuitivo. Talvez 50%, mas confesso que esta estimativa é um chute. O alinhamento é uma demonstração clara disso. Alinhar com o Illustrator, é metade intuitivo e metade não. A paleta Align (atalho Shift+F7) possui botões auto-explicativos, já que ostentam desenhos que mostram claramente o que cada botão faz.

A grande dúvida dos novatos no programa é que quando você manda alinhar vários objetos, todos eles se deslocam. Na grande maioria dos casos você não quer que todos se desloquem, mas sim que um deles fiquei no lugar, que seja a âncora a partir da qual os demais objetos serão alinhados. Faça um teste. Crie dois objetos, selecione os dois e mande alinhar.

O segredo está em, depois de selecionar os objetos que serão alinhados, dar um outro clique (um clique simples) naquele que você deseja que fiquei estático. Todos os outros serão alinhados a partir deste último objeto clicado. (Uma pequena curiosidade: eu sempre segurava o Alt para clicar neste último objeto. Acredito que seja uma falha na minha aprendizagem.)


O painel/menu flutuante Align possui outras opções que vem, por padrão, escondidas. No canto superior esquerdo da paleta Align existe um botão que mostra outras opções. Deixe habilitada a opção “Show Options” para aparecer as opções de distribuição de objetos e o botão para alinhar pela página. Alinhar pela página é algo extremamente essencial no andamento dos trabalhos.

Nota: É inevitável manter alguns vícios quando se trata de design. Por ter aprendido o Adobe Illustrator na versão 9, e me aprofundado em suas ferramentas na versão 10, não utilizo Control, implantado, se não me engano, na versão 13 (CS3). O Control é uma barra que fica na parte superior da tela (mostre-a ou esconda-a em Window>Control), como no Adobe Photoshop, e que une, de maneira inteligente, todas as opções de ferramentas que o programa interpreta que você provavelmente utilizará (na linguagem do Corel, diz-se "barra de propriedades sensível ao contexto"). Dito isso, ao selecionar mais de um objeto, aparecerá na barra Control as opções de alinhamento, sem ser necessário recorrer à paleta Align.


Se sua paleta Align estiver com todas as opções à mostra, você encontrará o Distribute Spacing. Ele serve para determinar a distância entre diversos objetos. Existe duas formas de se fazer isto: com espaços automáticos ou determinados. O espaço automático é quando você tem diversos objetos e quer que o programa deixe o espaço vertical e/ou horizontal entre eles exatamente igual. Basta selecionar os objetos a serem distribuídos, deixar a opção “Auto” ativada e clicar no botão apropriado (Vertical Ditribute Space ou Vertical Ditribute Space).

Espaços determinados funcionam para que a distância entre os objetos seja uma distância específica determinada por você. Neste caso, após selecionar os objetos a serem distribuídos, é necessário determinar o objeto-chave, que não se moverá. Depois digite a distância que você quer entre eles (no espaço dentro do painel) e clique no botão apropriado. Você também pode distribuir objetos com a opção Align to Artboard ativada, para que os objetos sejam distribuídos com base na página (Artboard).

 

Nota: Uma das maiores críticas que o Adobe Illustrator sofre dos fãs do CorelDraw é a inexistência de botões de atalho para se alinhar objetos, o que tornaria o trabalho muito mais rápido. O Corel possui atalhos rápidos e simples para alinhar (C para centralizar na página, B para ir para a base da página ou do último objeto selecionado, etc.), enquanto no Illustrator nem mesmo é possível criar um atalho para isto, já que os atalhos personalizados funcionam com as opções encontradas nos menus – e o Align é uma paleta. A única forma de fazer isto é criando uma ação para cada botão da paleta Align (particularmente, acredito que a opção deveria vir junto com o programa, possibilitando que designers novatos ganhassem agilidade logo no início do aprendizado e que aqueles que sabem criar ações não tivessem que criá-las cada vez que troca de máquina).

Link do Dia: Porfólio de Samuel Casal, meu maior ídolo na ilustração vetorial.

Introdução: Ilustre Illustrator

Tenho duas grandes manias: a primeira é aprender as coisas tardiamente, e a segunda é pesquisar a fundo tudo o que me interessa. Digo isso porque aprendi a usar o CorelDraw depois de todos os pretensos futuros designers que conheci na faculdade. Quando todos já dominavam as ferramentas básicas do programa gráfico mais famoso no Brasil, eu ainda engatinhava tentando aprender por conta própria. Por fim gostei do ofício, e desta forma me aprofundei no notório “Coréu”. Mas não tem como fugir, todos os designers, micreiros, diretores de arte, etc. escutam incontáveis vezes que o Adobe Illustrator é melhor que o CorelDraw. “O Corel é para amadores” dizem alguns, “O Illustrator é da Adobe” justificam outros. E como todos os designers que começam com o CorelDraw, eu defendia fervorosamente minha ferramenta de trabalho. “O Illustrator é complexo demais”, “o Corel supre minhas necessidades”, “Pra quê vou aprender a utilizar outro programa pra fazer exatamente o que eu já faço?”, são algumas das frases que aprendemos por osmose, e que eu mesmo repeti incansavelmente.

Até que tive que utilizar o Illustrator. Nascia ai um caso de paixão e adoração.

Não foi uma aprendizagem fácil. Acostumado com o Corel (que é em português) e viciado em sua forma de viciar os designers, muitas vezes me via procurando as ferramentas de um programa em outro, apertando atalhos errados, entre outros tropeços que tornavam meu trabalho moroso e truncado. 

Mas é inevitável. Acredito que todos os conhecedores dos dois programas concordam que o Illusrator vence o CorelDraw em muitos e muitos pontos. Existem pontos fortes nos dois programas, é claro, mas o Illustrator é bem melhor. Tenho a segurança de falar como quem já trabalhou anos com os dois programas, além de conhecer outros semelhantes. 

A idéia do blog veio por dois motivos. O primeiro foi a comodidade de não ter que ensinar a mesma coisa incontáveis vezes para todos os que, como eu, se encantam pelo Illustrator. Ao longo dos últimos 3 anos ensinei muitas pessoas a utilizar o programa, principalmente pelo Messenger. O segundo motivo é aprimorar ainda mais meu conhecimento com o programa. Acredito que blogando aqui o conhecimento que adquiri na prática, possa lapidar ainda mais minha habilidade com o Illustrator. 

Espero que vocês se apaixonem pelo programa tanto quanto eu. 

P.S.: Dedico este blog a Washington Costa, meu primeiro professor na utilização do Adobe Illustrator.